Mais um fim de ano, maaaaais uma lista. Fazer lista é legal, vai, por mais que as pessoas reclamem. Em 2020 eu li vagarosamente, pois o Brasil não deixava eu me concentrar em coisas como a ficção, kkkkrying. Quando a quarentena começou — 300 anos atrás –, achei que acabaria lendo mais, pois ficaria o tempo todo em casa. Ledo engano.
Sigrid Nunez
Histórias sobre suicidas têm um certo apelo para mim. Houve uma época, anos atrás, que eu estava numa fase de ler só sobre suicídios: As virgens suicidas, do Jeffrey Eugenides; Norwegian Wood, do Haruki Murakami; Suicídios exemplares, do Enrique Villa-Matas. O que talvez diga muito sobre o meu psicológico daqueles dias. Sempre fui voltando para essas histórias, mas com parcimônia. A desse ano foi O amigo, de Sigrid Nunez (Editora Instante, tradução de Carla Fortino), vencedor do National Book Award de 2018.